A aplicação de equipamentos em
instalações elétricas dentro de áreas potencialmente explosivas, seja por gás
ou poeira combustível, tem várias especificações que devem ser seguidas, porém
este artigo irá se restringir a escolha do tipo de aplicação de barreiras de
segurança intrínseca.
É muito comum haver dúvidas na hora
de escolher em aplicações com barreiras de segurança intrínseca entre os modelos
chamados de barreira zener ou barreiras com isolação galvânica, iremos neste
artigo mostrar de modo simples quais as diferenças entre elas para ajudar quem
tenha algum caso similar.
Sempre que temos que realizar um
projeto para uma área potencialmente explosiva, devemos levar em consideração
uma série de fatores que são determinantes para a escolha do tipo de segurança
a ser aplicada, tais como: mapa de risco da planta, custos de aquisição e
instalação e manutenção.
Quando falamos de aplicação dentro
de Zona 0 ou 20 (informação gerada pelo mapa de risco), a forma mais comum de
proteção é em Segurança Intrínseca tipo A (indicada como “Ex ia”).
Nela é
utilizada uma barreira (localizada fisicamente em área segura ou devidamente
protegida se instaladas dentro de zonas 1, 2, 21 ou 22) que tem a função de
limitar a potência que vai para a área classificada, sendo que a potência que é
“liberada” é insuficiente para causar uma explosão mesmo na ocorrência de um
curto-circuito dentro da área classificada, e esta característica simplifica a
instalação em campo dos instrumentos a serem protegidos pela barreira e a
manutenção destes equipamentos.
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Em Segurança Intrínseca existem
dois tipos de barreira que são consolidados e amplamente utilizados, e iremos
mostrar as principais diferenças entre estes modelos, para serem melhores
aplicados e não colocar a planta em riscos por desconhecimento.
Na tabela a seguir podemos
visualizar um comparativo levando em consideração fatores como custo e
aplicação:
Características onde se concentra
maior diferença entre elas:
Barreira Zener: A barreira
zener é dependente de um aterramento integro de baixa impedância (1 Ω) para
garantir a eficiência da proteção. A norma exige que a resistência medida em
qualquer ponto da linha de terra do circuito de segurança intrínseca e o ponto
de ligação dessa linha com o terra deve ser menor que 1 Ω, e também que a
isolação de 500V entre o circuito de segurança intrínseca e o ponto (único) de
terra, exceto no ponto de aterramento.
Não pode haver dois pontos de aterramento para evitar que, sendo de
diferentes
impedâncias, possam gerar na ocorrência de altas correntes, diferenças
de potenciais
perigosas ao sistema.
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Barreira com isolador galvânico: A barreira com isolação galvânica possui um transformador, e mesmo que ocorram falhas na alimentação, regulador de tensão, fusível, oscilador ou outro componente, este transformador, chamado de infalível, não permite que a falha se propague.
Com relação ao sistema de aterramento, a isolação galvânica permite que os terras possam estar em diferentes potenciais, pois o Trafo separa os circuitos deixando um único ponto de aterramento para cada parte isolada, desta maneira, não haverá risco de ocorrer centelhamento da área classificada desde que a equipotencialidade seja menor que a tensão de isolação galvânica.
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Figura 5: Barreira com
Isolação Galvânica
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